domingo, 13 de dezembro de 2009
À Memória do Presidente-Rei Sidónio Pais
(...)
Soldado-rei que oculta sorte
Como em braços da Pátria ergueu,
E passou como o vento norte
Sob o ermo céu.
Mas a alma acesa não aceita
Essa morte absoluta, o nada
De quem foi Pátria, e fé eleita,
E ungida espada.
Se o amor crê que a Morte mente
Quando a quem quer leva de novo
Quão mais crê o Rei ainda existente
O amor de um povo!
Quem ele foi sabe-o a Sorte,
Sabe-o o Mistério e a sua lei.
A Vida fê-lo herói, e a Morte
O sagrou Rei!
(...)
Fernando Pessoa (poema integral aqui)
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Celebram-se hoje 91 anos da morte de Sidónio Pais, assassinado na Estação do Rossio a 14 de Dezembro de 1918. Foi Presidente da República de Portugal, tendo governado de forma ditatorial. Foi odiado e amado pelo povo, que lhe deu a alcunha de Presidente-Rei.
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É "engraçado" e dá que pensar este ressurgimento do sebastianismo através da personagem do Sidónio! Não sinto nenhuma necessidade de homenagear um homem que não contribuiu para clarificar o poder em Portugal,teve falta de apoios de qualidade para a sua governação, agravou a instabilidade governamental, tudo complicou em Portugal, um clima de grande repressão foi instalado no nosso país,....posso lamentar o seu assassinato ...tal como lamento que tenha sido dirigente de Portugal... Preocupa-me que alguém deseje um salvador!!! Este é um bom sítio para debater a democarcia e a ditadura. Vamos a isso!...Isabel Isidoro
ResponderEliminarA RTP fez um documentário, em 2008, sobre o homicídio de Sidónio: "O Homem que matou Sidónio Pais". Há um excerto do mesmo no youtube em:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=Vev-uzyPX54
Para quem se interessa sobre o tema.
Luísa Godinho
Já fiz um post sobre este assunto. Não é bem sobre democracia/ditadura, mais sobre república, mas ainda assim, é sobre Sidónio.
ResponderEliminarDiogo