domingo, 20 de dezembro de 2009

Arbeit Macht Frei - O Trabalho Liberta

A conhecidíssima frase em ferro fundido, Arbeit Macht Frei, que se encontra no portão da entrada do campo de concentração nazi de Auschwitz, desapareceu na noite de 18 de Dezembro. No seu lugar está agora uma cópia, que normalmente é colocada sempre que a placa original é limpa.
Auschwitz, declarado Património da Humanidade pela UNESCO, foi um campo de concentração nazi, na Polónia. Este campo foi composto por três unidades: Auschwitz I, Auschwitz II (Birkenau) e Auschwitz III (Monowitz). A primeira unidade, a funcionar a partir de 1940, correspondia à administração e os prisioneiros (membros da resistência e intelectuais polacos, alguns judeus, prisioneiros comuns alemães e homossexuais) saíam diariamente para trabalhar nas construções do campo. A segunda unidade, construída em 1941, foi o campo de extermínio onde morreram nas câmaras de gás, entre 1941-45, mais de um milhão de judeus e também ciganos. Era aqui que ficavam os fornos crematórios, mas se os corpos fossem demasiados para a capacidade dos fornos, queimavam-se em fogueiras ao ar livre. A terceira unidade, construída em 1942, era um campo de trabalho de apoio à indústria militar e química alemã.
Como foi humanamente possível?
Compreende-se que, para os judeus, o roubo da placa seja considerado uma profanação da sua memória histórica, daí a o incómodo que tal facto está a causar, mas não só entre a comunidade judaica mundial como entre os cidadãos do mundo livre e democrático. É perigoso tentar apagar a História. O que te parece?
Luísa Godinho

1 comentário:

  1. Felizmente a placa foi descoberta na Polónia pela polícia em casa de uns indivíduos que nada tinham a ver com o movimento nazi. Contudo, a placa foi encontrada dividida em três partes, cada uma delas correspondente a uma palavra (Arbeit/Macht/Frei).
    Apesar de estarem ligados a delitos comuns e a roubos normais é lamentável esta tentativa de apagar a História de forma quase inconsciente

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