quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

TERRAMOTO DE 1755

A 1 de Novembro de 1755, Portugal sentiu o maior e mais destrutivo terramoto de que há memória.
O abalo de magnitude 8,75 na escala de Ritche fez entre 40 a 80 mil vítimas. Calcula-se que só em Lisboa tenham morrido 20 mil das 200 mil pessoas que habitavam a capital na época.
O epicentro foi no mar, por isso o sismo provocou ainda um maremoto que fez estragos significativos nas costas oeste e sul da Península Ibérica e no norte de África.
Foram destruídas ou danificadas 32 igrejas, 60 capelas, 31 mosteiros, 15 conventos e 53 palácios.
Como tudo aconteceu:
9h40 – Lisboa sente um sismo de grande violência. Em poucos minutos, a cidade é revirada: formam-se fendas de várias dimensões nas ruas, o céu fica escuro devido aos gases sulfúricos exalados pela terra e à poeira, tornando a atmosfera quase irrespirável.
10h00 – Aquando da primeira réplica, as vagas de um maremoto gerado atingem Lisboa. As águas do Tejo chegam 15 metros de altura, galgam as paredes do cais e avançaram pela Baixa de Lisboa adentro mais de 500 metros. Muitos dos sobreviventes das casas destruídas vieram a falecer nas ondas do maremoto.
16h00 – As águas sobem em Creston Ferry, Inglaterra, só voltando ao seu normal cerca de oito minutos depois.
19h30 – A primeira onda do maremoto atinge Antígua, na costa americana, a 6000 km de Lisboa. Aqui o nível das águas chegou a atingir cerca de 3.50m.
Hoje, em Portugal, um sismo de 6.0 na escala de Richter foi sentido, durante vários segundos, ao início da madrugada.
Na capital, o abalo foi sentido com intensidade, mas há registos em várias zonas do país, nomeadamente no Alentejo e Algarve e também no centro e norte do país.
O sismo teve a duração de alguns minutos, mas apenas foi sentido pelas pessoas durante cinco a oito segundos.
Em Espanha, o Instituto Geográfico Nacional aponta para um sismo de 6.3 sentido na Andaluzia, mas também na Estremadura e Madrid.
Isabel Pinto

1 comentário:

  1. O terramoto de 1755 foi sentido intensamente em Oeiras e Cascais, bem como o maremoto subsequente.
    Grande parte da vila de Oeiras ficou destruída, mas não houve mortes registadas.
    Após isso, o Marquês de Pombal e os irmãos compraram terras e casas na zona, alargando a sua propriedade original,herdada do tio após a morte deste em 1737.
    O Palácio será construído a partir do projecto do húngaro Carlos Mardel, arquitecto e engenheiro, um dos responsáveis pela construção do Aqueduto das Águas Livres, e, após o terramoto, pela reconstrução de Lisboa.
    Luísa Godinho

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