sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Londres

Passar uns dias em Londres é uma experiência muito singular. Pessoas de todas as proveniências visitam e habitam na cidade, fazendo dela um espantoso puzzle multi-racial. Japoneses, chineses, coreanos juntam-se aos cidadãos de diversos países árabes, aos brasileiros, aos norte-americanos, aos hispânicos ... Raro é deparar com um inglês "lourinho e de olhos claros".
A maioria dos não-turistas é oriunda de países que foram, no passado, colónias ou protectorados ingleses. Alguém usou para este facto a expressão "factura do império". Esta ideia leva-nos a uma questão mais abrangente que é a problemática do estado-nação. Cada povo, uma nação - cada nação um estado; uma língua nacional; cultura e interesses comuns eram atributos do estado-nação no passado. Contudo, a partir dos anos 80 do séc. XX, a globalização, a circulação de pessoas e capitais, entre outras, deram origem a uma realidade muito distinta. Londres/Inglaterra é um óptimo exemplo deste novo paradigma.
Luísa Godinho

1 comentário:

  1. Muito bem observado!
    "este mundo já não é o que era!" - não é conveniente estar sempre a repetir! A realidade que nos envolve é de grande mudança...
    Não se pode esquecer o nosso Camões: "Todo o mundo é composto de mudança"... e o que dizer ao largo em frente ao nosso Palácio da Independência? e no Rossio? e no martim Moniz? no coração de Lisboa...elementos variados (pessoas e produtos) das culturas de grande parte do mundo ali se encontram, conviem, negoceiam, ...exprimem-se...existem...
    O Mundo actual confirma a antevisão de Sócrate(O autêntico, o filósofo)- " Sou um cidadão do mundo".

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